terça-feira, 6 de dezembro de 2016

O DESAFIO DE LIDAR COM FILHOS ADULTOS


Chega o momento para todo pai e mãe em que os filhos crescem e começa uma nova fase no relacionamento, onde precisamos aprender a lidar com a realidade de que nossos “bebês” se tornaram adultos. São muitos os desafios dessa nova fase, tanto para os pais como para os filhos.

A primeira questão é saber quando efetivamente eles se tornam adultos... Como pais, parece que nunca estão maduros o suficiente. E para cada filho, essa maturidade pode chegar em um momento diferente. Porém, se formos pensar no aspecto legal em nosso país, adulto é toda a pessoa maior de 18 anos. Assim, devemos presumir que nossos filhos são adultos a partir dessa idade.

Durante toda a vida da criança e do adolescente, demos conselhos e mais conselhos, às vezes até sermões, afinal é nosso dever educa-los no caminho do bem. Mas agora na fase adulta, precisamos tomar cuidado com nossas palavras, mesmo que seja com a melhor das intenções. Para um filho adulto, não devemos já chegar falando o que pensamos. O ideal, em primeiro lugar, é pedir sua permissão. Isso mesmo: perguntar ao filho se pode dar sua opinião sobre determinada questão.

Claro que é estranho como pais, de repente pedir a permissão do filho para falar com ele, mas isso demonstra ao filho que você está reconhecendo que ele cresceu, que é um adulto, que tem livre arbítrio para tomar suas decisões e o máximo que você pode fazer nessa fase, é aconselhar SE ELE PERMITIR. E assim, pedindo permissão antes de falar, a chance dele escutar efetivamente seu conselho aumenta muito.

Outra questão é sobre obedecer as regras da casa. Isso você pode ser enfática: enquanto morar com você, o filho PRECISA OBEDECER as regras do lar, independentemente de que idade tenha. A casa é sua, então as regras também são. Você tem direito de exigir horário para chegar em casa, quem pode visitar ou dormir na sua casa, a necessidade de avisar se fará as refeições com a família (sob pena de ter que se arranjar na cozinha para comer depois), entre outras. Isso é questão de respeito e se ele morasse em qualquer outro lugar, com outras pessoas, também precisaria obedecer as regras.

Um aspecto que é particularmente difícil para as mães é com relação à independência emocional. Dependendo do temperamento do filho, mesmo adulto, poderá continuar com uma dependência emocional de seus pais que não é saudável. O filho precisa saber que deve assumir as consequências das escolhas que fizer e não pode ficar perguntando toda hora se deve fazer isso ou aquilo. No fundo, o que o filho deseja, é aprovação dos pais sobre suas decisões e isso pode ser resultado de carência afetiva e imaturidade emocional.

Portanto, cabem aos pais garantirem a seus filhos que eles são amados INDEPENDENTE DE SUAS ESCOLHAS e que se errarem, estarão a seu lado para ajudarem no que precisarem. Mas as decisões precisam ser tomadas pelos filhos e por mais que seja gostoso ter um filho adulto que está sempre pedindo a sua opinião, essa atitude não faz bem para ele.

A última dica é para quem tem filho ou filha casado. Os pais, especialmente aqueles que tem uma condição financeira melhor, tem a tentação de querer ajudar economicamente seus filhos casados. E isso também não é aconselhável. Querendo ou não, o pai que dá mesada para o filho casado, mesmo que seja na melhor das intenções ou para necessidades justas, como seria pagar a escola dos netos, tende a se intrometer mais na vida do casal, pensando que tem o direito de opinar sobre as decisões que seus filhos (com as noras e genros) tomam. Os filhos tem que aprender a viverem de acordo com sua própria renda. Depender economicamente dos pais é uma vida de ilusão e pode trazer muita discórdia no relacionamento do casal.

É claro que numa situação de emergência, como doença ou desemprego, os pais podem e até devem dar uma força. Mas não pode ser uma ajuda permanente, sem data para acabar. Desta forma, antes até dos filhos se casarem, precisam saber que não poderão mais contar com o dinheiro dos pais e deverão viver na condição financeira que a renda deles proporcionar.


Por fim, uma atitude que os pais com filhos de qualquer idade devem sempre fazer é REZAR por cada um de seus filhos, pelas noras e genros e pelos netos. A oração nunca é demais. Através da oração, mantemos uma vinculação espiritual saudável com nossos filhos e ela os sustentará em todos os momentos de suas vidas. A oração faz muito mais pelo filho do que nós podemos fazer. Ela os acompanha sempre, onde não podemos ir, até o mais profundo de seus corações. Então, rezem muito e sem cessar! Pais de joelhos, filhos em pé!

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