terça-feira, 19 de janeiro de 2016

COMO POSSO FAZER COM QUE ELES ME OUÇAM? O segredo de conquistar o coração de seus filhos

Este post foi inspirado no livro Parenting with Grace, de Gregory e Lisa Popkak.

Todo pai e toda mãe querem que seus filhos os ouçam, não apenas sobre os pedidos e ordens que eles dão, mas também sobre a fé e lições morais que eles querem transmitir. Mas como fazer com que os filhos nos ouçam? E ainda mais importante, como fazer com que os filhos se apropriem dos ensinamentos que nós lhes damos e os coloquem em prática em suas próprias vidas? A resposta está em desenvolver um vínculo especial com eles.
Mas o que significa isso? Na prática, significa que seus filhos irão constantemente procurar você para ajuda-los e orientá-los quando tiverem necessidades espirituais, emocionais e de relacionamento e ainda para encontrar as respostas de suas questões sobre como viver uma vida plena.

Parece ótimo, certo? Porém, para chegar nesse nível de relacionamento entre pais e filhos, os pais precisam trabalhar duro para desenvolver e manter um vínculo especial com cada um dos filhos. Esse tipo de vínculo não é aquele no qual os pais se sentem próximos aos filhos, mas é aquele em que o FILHO sente que tem um forte relacionamento com os pais.

A forma de conseguir esse tipo de vínculo é sempre responder prontamente, generosamente e consistentemente as necessidades práticas, emocionais e espirituais da criança e seus pedidos de orientação. Fazendo isso, a criança desenvolve um sentido forte e profundo de que são seus pais A fonte de aprendizado de como viver uma vida plena. Isso é o que esse tipo de vínculo proporciona: a criança se sente compelida a voltar para seus pais –ao invés de qualquer outra pessoa – para suprir suas necessidades e responder suas questões importantes de como a vida funciona.

Uma coisa, porém, precisa ficar clara. Atender prontamente as necessidades dos filhos NÃO significa mimá-los. O mimo tem duas origens: ou negligenciar o filho e tentar apaziguá-lo com coisas ou dar a ele tudo o que pede sem raciocinar. Construir o tipo de vínculo que estamos falando aqui requer um esforço ativo para entender a intenção ou necessidade que motiva o comportamento da criança – mesmo se a intenção ou necessidade não seja imediatamente óbvia – e então trabalhar com a criança para encontrar uma maneira adequada e saudável de satisfazer essa necessidade.

Algumas maneiras de construir e manter esse vínculo são: dizer muitas vezes que ama seu filho, que tem orgulho dele; mostre que o ama através de demonstrações de carinho; mantenha suas promessas (o que significa que seu filho pode contar com você); tenha atividades recreativas junto com ele (de preferência as coisas que ELE gosta de fazer e não você); trabalhem juntos (lavar a louça, o carro, cozinhar, cuidar do jardim); rezem juntos; esteja presente nas atividades que são importantes para ele (peças na escola, jogos de futebol, recitais, etc); seja receptivo com os amigos dele e preferencialmente os acolha em sua casa; respeite o espaço dele; exija que ele o respeite e o ajude quando solicitado.

Isso tudo requer trabalho duro, abertura, paciência e generosidade da parte dos pais. MAS a recompensa é enorme. Em primeiro lugar, trabalhar desse jeito na educação dos filhos é uma fonte de santificação para os pais. Ele nos desafia a crescer em virtudes como paciência, compaixão, entendimento, generosidade e amor. E ainda, permite que o filho tenha certeza absoluta que a melhor fonte de informação e orientação que ele pode ter são seus próprios pais.

Os filhos que tem esse tipo de vínculo com seus pais geralmente apresentam os seguintes comportamentos:
- obedecem de forma alegre (eles não são robôs, mas obedecem de boa vontade os pedidos e ordens dos pais e muitas vezes oferecem ajuda sem que sejam requisitados)
- aceitam gestos de afeição dos pais e até buscam esses gestos (oposto a se sentirem desconfortáveis com as demonstrações de afeto dos pais)
- regularmente aceitam os conselhos dos pais e os procuram abertamente (oposto de serem resistentes ou rejeitarem os conselhos)
- aceitam avidamente as ofertas de passarem tempo junto com os pais ou regularmente as solicitam (oposto de preferir fortemente passar o tempo com os amigos e ver o tempo em família como uma obrigação)

Quanto mais os pais afastam o filho, frustram suas necessidades, os envergonham por seus pedidos ou apresentam obstáculos para conseguirem o que ele quer da vida (ao invés de ajuda-lo a procurar meios alternativos saudáveis para ter o que ele quer) mais os pais estão aumentando as chances de que seus filhos irão se voltar para outras pessoas e não para eles – incluindo os amigos – para orientação e formação.

Já os pais que buscam o tipo de vínculo que mencionamos aqui, consistentemente ensinam ao filho que eles são a fonte melhor e mais fácil de obter ajuda e orientação. Esse vínculo cultiva um senso de abertura e gratidão por parte do filho que o faz receptivo às informações da mãe e do pai mesmo quando o filho não pediu.

crédito da foto: photopin.com

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