Essa é uma pergunta que, a
primeira vista, parece óbvia: os contraceptivos foram inventados para evitar
uma gravidez indesejada. Será??? Para evitar uma
gravidez sempre existiu um método cem por cento seguro e eficaz, chamado abstinência. Portanto, a única
conclusão possível é que os métodos contraceptivos foram criados para justificar nossa entrega à luxúria,
pois querem nos poupar do trabalho que experimentamos ao ter que optar pela
abstinência.[1]
Os
animais não possuem controle sobre a sua vontade e seus instintos, por isso
precisamos castrá-los caso não desejamos que eles se reproduzam. Ao utilizar os
contraceptivos, estamos nos rebaixando ao nível dos animais, pois estamos
dizendo que porque não conseguimos controlar o nosso instinto sexual, então
precisamos nos "castrar" (temporária ou permanentemente) para não
procriarmos.
Desta
forma a contracepção está nos negando a liberdade que nos foi dada por Deus
para amar, pois está afirmando que a pessoa não pode se abster.
Esses métodos são
ilícitos porque desvirtuam as leis da natureza e as leis de Deus; podem também
prejudicar a saúde e alguns deles chegam a provocar o aborto. Por isso São João
Paulo II diz que "os métodos
anticoncepcionais são algo profundamente ilícito, que nunca, por nenhuma razão,
poderão ser justificados" (Audiência de 17.09.83)
Os meios contraceptivos
ainda facilitam a infidelidade conjugal; cooperam para o descontrole sexual ou
fomentam a falta de domínio dos impulsos mais primários; propiciam o perigo de
instrumentalizar a mulher colocando-a ao serviço do egoísmo masculino;
facilita-se à autoridade pública invadir com diferentes métodos a intimidade
conjugal.
"Portanto,
se não se quer expor ao arbítrio dos homens a missão de gerar a vida, devem-se
reconhecer necessariamente limites intransponíveis no domínio do homem sobre o
próprio corpo e sobre as suas funções; limites que a nenhum homem, seja ele
simples cidadão privado ou investido de autoridade, é lícito ultrapassar. E
esses mesmos limites não podem ser determinados senão pelo respeito devido à
integridade do organismo humano e das suas funções."
(HV 17)
Os métodos contraceptivos
abriram a porta a uma sexualidade cada vez mais egoísta e impessoal. Se usa e
abusa da relação sexual "segura", pois já não existe o
"perigo" de uma gravidez indesejada. Isto ajudou a aumentar a trágica
realidade que se dá na vida íntima dos esposos, na qual o ato conjugal se
pratica desligado da comunicação pessoal, do diálogo e da afetividade.
Enquanto nossa cultura
ensina que usar a contracepção é a coisa responsável
a se fazer, que torna o casamento melhor e uma sociedade melhor, a Igreja Católica
está como a voz solitária dizendo que a contracepção é sempre errada e terrivelmente danosa para o casamento e a
sociedade.
Ao contrário da crença
popular, a Igreja não se opõe ao controle da natalidade porque ele é artificial. Ela se opõe porque ele é contraceptivo. Contracepção é a escolha
que por qualquer meio impede o potencial
procriativo de um ato sexual. Em outras palavras, o casal que escolhe a
contracepção escolhe ter uma relação sexual e vendo que seu ato pode gerar uma
nova vida, eles intencionalmente
suprimem sua fertilidade.
Isto pode ser feito ao
empregar uma grande variedade de dispositivos artificiais e hormônios, ou a
esterilização por procedimentos cirúrgicos. Isso pode ser feito sem usar nada
artificial, como o caso do coito interrompido. Então para evitar uma grande
confusão, contracepção é a melhor
palavra para ser usada quando descrever o que a Igreja especificamente se opõe.
Além disso, a Igreja
aprova o Planejamento Familiar Natural (quando houver justa razão para evitar a
gravidez) não porque é "natural" como oposto a
"artificial", mas porque não é
de maneira alguma contraceptivo.
Nunca um casal praticando o PNF escolhe impedir o potencial procriativo de um
ato sexual - nunca. PNF não é "contracepção natural". Não é de nenhuma forma contracepção..
A promiscuidade sexual
tem conexão direta com a cultura atual, onde se vende a relação sexual como
algo que se deve ter e sem qualquer limite ou barreira. Tudo é permitido, desde
que a pessoa tenha prazer. Partindo dessa premissa, se devemos ter a relação
sexual quando queremos, devemos também ter a contracepção para atender essa
demanda. E seguindo os passos da contracepção, temos o aborto como plano alternativo
caso a contracepção falhe. As mulheres são as que mais sofrem as consequências
nefastas deste comportamento e o advento da pílula anticoncepcional foi o
catalisador do aumento de outros grandes males sociais, como o divórcio, as
doenças sexualmente transmissíveis, a gravidez fora do casamento e o aborto.[2]
Usar a contracepção é
ter a mentalidade do "toma lá da cá" dentro do casamento, tornando-o
mais como um relacionamento contratual do que um matrimônio fundado na vontade de tornarem-se "uma só
carne".
"(...) um ato conjugal imposto ao próprio cônjuge, sem consideração pelas suas condições e pelos seus desejos legítimos, não é um verdadeiro ato de amor e nega, por isso mesmo, uma exigência da reta ordem moral, nas relações entre esposos. Assim, quem refletir bem, deverá reconhecer de igual modo que um ato de amor recíproco que prejudique a disponibilidade para transmitir a vida que Deus Criador de todas as coisas nele inseriu segundo leis particulares, está em contradição com o desígnio constitutivo do casamento e com a vontade do Autor da vida humana. Usar deste dom divino destruindo o seu significado e a sua finalidade, ainda que só parcialmente, é estar em contradição com a natureza do homem, bem como com a da mulher e da sua relação mais íntima; e, por conseguinte, é estar em contradição com o plano de Deus e com sua vontade." (Humanae Vitae no. 13)
O Papa Paulo VI, fez ainda
previsões muito acertadas em 1968, pois na Encíclica Humanae Vitae, disse que aconteceriam quatro grandes problemas
sociais caso a contracepção fosse
disponível amplamente: (1) haveria um rebaixamento generalizado da moralidade;
(2) o respeito à mulher decairia dramaticamente; (3) os governos adotariam
políticas coercitivas de controle da natalidade; (4) nós "perderíamos a
reverência ao organismo como um todo e suas funções naturais."
Infelizmente todas estas previsões se concretizaram, como facilmente se
comprova hoje.
Pelo bem de sua família, diga não à
contracepção!!
[1]WEST, Christopher Teologia do Corpo para Principiantes - Uma
introdução básica à revolução Sexual de João Paulo II. Ed. Myriam. Porto
Alegre. 2008 pg 119
[2]
http://www.eumed.net/rev/cccss/11/ntrs.htm, acessado em 05.01.2015
http://new.d24am.com/noticias/saude/pesquisa-revela-que-pilula-anticoncepcional-pode-aumentar-incidencia-de-dsts/16410,
acessado em 05.01.2015
http://providafamilia.org/doc.php?doc=doc58376,
acessado em 05.01.2015
http://www.providafamilia.org.br/doc.php?doc=doc97368,
acessado em 05.01.2015
crédito da foto: photopin.com
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