terça-feira, 4 de agosto de 2015

DEZ DICAS PARA TRATAR O TEMA DA SEXUALIDADE COM SEUS FILHOS

O tema de hoje foi inspirado no livro Beyond the Birds and the Bees, de Gregory Popcak e tem o objetivo de ajudar os pais a lidar com o delicado tema da sexualidade com seus filhos.

1. Cada criança tem diferentes necessidades, desafios e forças. Todas as crianças possuem diferentes níveis de maturidade e capacidade intelectual. A Teologia do Corpo nos lembra da "irrepetibilidade" de cada pessoa. Cabe a você, como pais, saber quando dividir informações sobre sexualidade, ser sensível às necessidades particulares e níveis de cada um de seus filhos (não é um método de "produção em massa").

2. Você é o primeiro e mais importante exemplo para seu filho de masculinidade e feminilidade. Falando em geral, é responsabilidade primária do pai ensinar e modelar uma sexualidade saudável para seus filhos, enquanto é responsabilidade primária da mãe ensinar e modelar uma sexualidade saudável para suas filhas. Claro, ambos os pais tem algo importante para ensinar para todos os seus filhos, a despeito do gênero. De fato, uma das coisas que descobrimos na Teologia do Corpo é que o homem nunca é mais masculino do que quando ama e serve sua mulher, e a mulher nunca é mais feminina do que quando ela ama e serve seu homem, e a humanidade nunca é mais completamente expressa quando estas duas realidades existem ao mesmo tempo. A essa luz, o pai e a mãe devem sempre se lembrar de seu dever de ser um bom exemplo e educador sobre o que significa ser um homem ou uma mulher cristã.

3. Quando falar sobre sexo, nós devemos sempre tomar cuidado para conectá-lo às suas dimensões espirituais e morais. Transmitir a visão católica sobre o amor envolve mais do que ensinar as crianças sobre sexo. É o processo de formar o caráter inteiro da criança. Sexo é algo que envolve o todo espiritual, emocional e físico da pessoa. Não é suficiente dar informações mecânicas. Nós devemos ensinar nossos filhos como ter uma sexualidade integrada que é enraizada na oração, fundada em um caráter sólido e que expressa todas as virtudes que ajudam as pessoas a viver a vida e o amor como os presentes que Deus quis que fossem.

4. Não é suficiente dizer: "Não faça isto!". Quando corrigimos nossos filhos por utilizar comentários sexuais inapropriados, auto tocar-se, ou outros comportamentos, devemos evitar medidas corretivas que deem a impressão que sexo é algo ruim ou algo para se temer. Nós devemos sempre lutar para dar uma explicação sensível e moral do motivo pelo qual o comportamento é errado e ser capaz de explicar porque as alternativas morais que estamos oferecendo são melhores para o corpo, mente, alma e relacionamento da criança. Este último ponto é extremamente importante.

5. Cultivar uma sexualidade saudável e santa é um processo para toda a vida. Não é suficiente apenas dar informações a seus filhos sobre sexo e moral. Nós devemos sempre estar dispostos a servir como exemplos pacientes, professores e confidentes a eles. Conforme a sexualidade de nossos filhos se desdobra, nós devemos participar ativamente em cada estágio, provendo orientação e assistência. A Igreja se refere a este processo como procriação integral. Por este termo, a Igreja quer dizer que os pais católicos devem fazer mais do que conceber crianças. Nós devemos formá-los satisfazendo suas necessidades em cada estágio de suas vidas para que possamos criar não apenas adultos, mas santos. Nós devemos trabalhar para sermos autoridades sensíveis e críveis em questões sexuais aos olhos de nossos filhos.

6. Nós devemos modelar e ensinar o respeito por nós mesmos e pelas outras pessoas. Nós devemos ensinar nossos filhos a respeitar seus próprios corpos, mente e alma, e ter um respeito genuíno pelos corpos, mentes e almas das pessoas que Deus colocar em seus caminhos.

7. O objetivo de toda disciplina deveria ser ensinar a criança a ter uma autodisciplina. São Paulo escreve "A vontade de Deus... é que cada um saiba usar o próprio corpo" (1Tess 4,3-5). Nós devemos dar a nossos filhos ferramentas que eles precisam para avaliar o seu ambiente de uma perspectiva amorosa e cheia de fé.

8.Castidade não é a mesma coisa que repressão. Castidade é uma virtude positiva e capacitante que nos ajuda a amar a pessoa certa, da maneira certa e no tempo certo. Castidade é o poder de ser livre de necessidades que me forçariam a agir de maneira que é contrária ao meu melhor interesse e o melhor interesse da pessoa que eu amo. Nós devemos ensinar nossos filhos sobre a força e alegria que vem do autodomínio. Devemos ensinar a eles que a castidade, longe de ser sufocante ou repressiva, aumenta suas chances de ter um casamento mais feliz, uma vida mais saudável e uma alma mais bonita.

9. Como pais não podemos fazer tudo sozinhos. Nós devemos estar dispostos a aceitar a ajuda competente de fontes qualificadas. Isto inclui a leitura de bons livros no assunto da sexualidade e esta dispostos a consultar com pessoas experientes em educação, psicologia, teologia e desenvolvimento infantil conforme as necessidades surgem.


10. Em tudo que fazemos e ensinamos que Deus trabalha ao nosso lado. Sua graça nos sustenta. Conforme nossos filhos crescem em virtude a cada dia, sua misericórdia estará lá para nós quando falharmos como pais. Através da oração e participação nos sacramentos, nós devemos sempre buscar a orientação de Deus e ensinar nossos filhos a fazer o mesmo.

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