O
segundo aspecto do casamento consoante os desígnios de Deus é a união entre o
homem e a mulher. Parece óbvia a afirmação de que o homem que contrai
matrimônio se unirá à sua mulher e vice-versa, porém, ao analisar o que esta
expressão significa, ver-se-á que não é tão fácil nem tão óbvio assim.
O
primeiro passo a ser dado para a união do homem e da mulher é o mencionado no post anterior, ou seja, deixar pai e mãe. Superada esta fase, o casal precisa
buscar realmente a sua união.
Imagine-se
um quebra-cabeça com várias peças soltas. Para conseguir unir cada peça, é
preciso conhecer o formato de cada uma, analisar como se encaixam, para então
formar um quadro unido e harmonioso.
Da
mesma forma, para que um casal possa realmente se unir, é necessário um
conhecimento profundo de si mesmo e um do outro. Sem o conhecimento de suas
próprias qualidades e defeitos e também do lado positivo e negativo do outro,
como se fossem peças de um quebra-cabeça, é impossível a perfeita união dos
dois.
Se
a pessoa não conhece a si mesma, tampouco pode conhecer aos demais, incluindo
seu cônjuge, nem se entender e relacionar com eles. Esse autoconhecimento a
ajuda a compreender seus atributos positivos e suas limitações, tornando-a ao
mesmo tempo humilde e forte, auxilia em seu crescimento pessoal de forma
ordenada e equilibrada, pois sabe aonde deve focar seus esforços de
auto-educação e assim progride de maneira acertada na vida.
O
conhecimento de si mesmo permitirá descobrir realmente quem se é, quais as suas
qualidades e defeitos principais, o motivo pelo qual reage de tal forma em
determinada situação, qual é a estrutura de o sua personalidade. A
personalidade é complexa; cada um é produto de uma história, conta com uma
herança, é influenciado por seu ambiente.
A
partir deste conhecimento, a pessoa pode buscar o seu aprimoramento, tentando
modificar aqueles traços que prejudicam a si mesma e aqueles que convivem com
ela e melhorar ainda mais aquilo que o seu temperamento traz de bom, pois
apesar de ser genético, o temperamento pode ser transformado e melhorado. Ninguém
está condenado a morrer com as limitações trazidas pelo seu temperamento! A
mudança, todavia, depende apenas do seu próprio esforço em se educar e
aprimorar os dons que Deus lhe deu através de seu temperamento.
Para
um maior aprofundamento e descoberta do seu temperamento, recomenda-se a
leitura dos livros "Temperamento Controlado pelo Espírito", de Tim
LaHaye e "Diálogo em 4
Dimensões", de Olindo e Marilene Toaldo.
“Conhecer-se a si mesmo é uma arte e uma graça. Ninguém se conhece perfeitamente. Para isso, seria preciso ver-se como o próximo o vê, e isso apenas lhe daria um conhecimento imperfeito, pois que o ‘outro’ nunca está em condições de julgar. Seria preciso, antes, ver-se como Deus o vê. Só ele sabe ‘o que há no homem’ (Jo 2,25); só ele pode dar o devido valor, o devido mérito, a devida desculpa ou a devida condenação, a cada pensamento e ato humano. Por isso, digo que é uma graça o conhecer-se, graça que se obtém pela oração, e pelo empenho, a análise, a observação e o exercício essenciais à aquisição de qualquer arte. Obtém-se, principalmente, pelo auxílio do Divino Espírito”.[1]
“Conhecer-se a si mesmo é uma arte e uma graça. Ninguém se conhece perfeitamente. Para isso, seria preciso ver-se como o próximo o vê, e isso apenas lhe daria um conhecimento imperfeito, pois que o ‘outro’ nunca está em condições de julgar. Seria preciso, antes, ver-se como Deus o vê. Só ele sabe ‘o que há no homem’ (Jo 2,25); só ele pode dar o devido valor, o devido mérito, a devida desculpa ou a devida condenação, a cada pensamento e ato humano. Por isso, digo que é uma graça o conhecer-se, graça que se obtém pela oração, e pelo empenho, a análise, a observação e o exercício essenciais à aquisição de qualquer arte. Obtém-se, principalmente, pelo auxílio do Divino Espírito”.[1]
Por
fim, frisa-se que não existe um
temperamento melhor que o outro. Todos possuem traços positivos e traços
negativos. Como seu temperamento é uma herança genética, deve considerá-lo como
um presente de Deus para cada um, como uma ferramenta para poder cumprir a
missão que Ele previu, desde toda a Eternidade, para a sua vida. Nunca a pessoa
irá mudar de temperamento. O que se
pode fazer é melhorar o temperamento
que possui, para se tornar uma pessoa mais equilibrada e feliz.
[1] “Temperamento Controlado pelo Espírito”, Lahaye,Tim, pgs. 5 e 6, 30ª edição, 2010, Ed. Loyola, São Paulo.
créditos das fotos: photopin.com
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