Os posts sobre os 4R foram baseados na palestra dada pela Ir. M. Tersila Patres, chamada Os 4 R do matrimônio, no Projeto A Família, a mais bela Comunidade de Amor, Jundiaí/SP abril/2011 e no livreto Os ‘4R’ – material da Liga de Famílias de Schoenstatt. Uma oferta às famílias, para percorrerem seu caminho de aliança. (Secretariado da Liga de Famílias de Schoenstatt, www.maeperegrina.org.br)
Encantar significa maravilhar, agradar extremamente, cativar, provocar irresistível admiração, causar satisfação. Mais uma placa que indica que estão no caminho de manter o amor que nunca envelhece é o reencantamento constante da vida matrimonial.
Encantar significa maravilhar, agradar extremamente, cativar, provocar irresistível admiração, causar satisfação. Mais uma placa que indica que estão no caminho de manter o amor que nunca envelhece é o reencantamento constante da vida matrimonial.
Quando
se apaixona, a pessoa fica encantada pelo seu cônjuge, foi cativada por ele e
também o cativou, criaram um vínculo de amor, que após o sacramento do
matrimônio é santificado e abençoado por Deus. Em virtude deste encantamento é
que decidiram se casar com esta determinada pessoa e não outro; ela se tornou a
única, a escolhida, aquela que será sua companheira por toda a vida rumo ao
Céu.
“Você se torna eternamente
responsável por aquilo que cativa”, já dizia Saint Exupéry.
É preciso reavivar a consciência de que são responsáveis por manter este
primeiro encantamento, a chama do primeiro amor acesa.
A
rotina muitas vezes ofusca este encantamento e o que se presencia,
infelizmente, é que por falta de zelo dos cônjuges, o encantamento vai embora e
o lar é destruído. Deixam que as pequenas decepções com o outro acabem tomando
grandes proporções e passam a enxergar apenas o lado negativo, se esquecendo de
tudo de bom que viu nesta pessoa quando se apaixonou.
O
que acontece é que se acomodaram. Pararam de se preocupar em agradar o
outro, em conquistá-lo a cada dia. Se lembrarem do tempo de namoro, quantas
coisas não faziam para chamar a atenção do outro, para ligá-lo ao seu coração?
Ficavam horas e horas planejando o encontro, escrevendo bilhetinhos, mandando
flores, tudo para agradar, para cativar o coração do outro.
Veja-se
mais uma vez nas palavras de Saint Exupéry, no seu livro “O Pequeno Príncipe”,
no diálogo entre o Príncipe e a Raposa, o que se deve fazer para cativar o
outro:
“- É preciso
ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de
mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A
linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais
perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido
melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às
quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for
chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e
agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento,
nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.
- Que é um
rito? perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a
raposa. É o que faz com que um dia seja
diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores,
por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A
quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os
caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria
férias!”
Aprende-se
deste singelo diálogo, bem poético, algumas características para bem cativar o
cônjuge: a paciência e perseverança, um horário marcado e os ritos, as formas
que escolherem para reencantar seu amor.
Desta
forma é preciso reencantar seu amor.
Não se pode deixar passar uma semana
sem se preocupar, de alguma forma, em fazer um agrado “extra” ao seu cônjuge. É
preciso criar um momento para que isto aconteça. Uma vez por semana, marcarem
um “encontro” com o outro, com dia e hora determinados. Neste encontro irão
lançar um olhar sobre tudo o que já lhes aconteceu, principalmente suas
alegrias, os momentos bons que passaram juntos e assim, reacender a chama do
primeiro amor.
Cada
um sabe do que o outro gosta: um passeio no parque, um jantar especial, ou
simplesmente ficar sentados um ao lado do outro admirando a natureza... Não
precisa sempre sair de casa, podem ter um momento especial na sala de estar ou
no quarto, depois que as crianças já foram dormir. O importante é ficar juntos,
por algum tempo, se preocupando em reencantar o outro.
Reencantar
é presentear o outro com aquele sorriso, aquele olhar, aquelas palavras,
aqueles momentos tão belos e importantes para aqueles que desejam passar juntos
o resto de suas vidas.
crédito das fotos: photopin.com
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